DANIEL LIMA – 09/08/2022

Acabei de acabar com o mistério que cercava os primeiros resultados do Ranking Geral de Desenvolvimento Econômico do G-22 (o grupo dos municípios mais importantes do Estado de São Paulo, exceto a Capital).  

Universidade Metodista

São números de apenas três primeiras rodadas de pelo menos duas dezenas que vão saltar nesta revista digital. Paulínia lidera, São Caetano é vice-líder e Diadema a última colocada. São Bernardo está em sétimo, Santo André em 11º e Mauá em 17º lugar.  

Acredito que superei o maior desafio para quem está construindo um edifício de indicadores que confluirão em direção a um bem-estruturado desenho econômico, social e de gestão pública do G-22.  

Que desafio era esse? Sistematizar os resultados de cada indicador de modo que houvesse sincronia nos resultados gerais.  

JOGANDO NO LIXO  

Um modelo inicialmente desenhado foi jogado no lixo. Prevaleceu o que chamaria de variáveis conexas dos resultado individuais em favor do conjunto da obra.  

Imaginei preliminarmente que os posicionamentos em cada indicador do Ranking Geral poderiam contar com valoração fixa, pré-determinada. Fiz acrobacias cerebrais e encontrei o modelo ideal.  

E é por conta dessa sistemática que acabei de organizar o Ranking Geral de Desenvolvimento Econômico. Esse macroindicador sofrerá mudanças de posicionamentos entre os 20 integrantes da disputa na medida em que novos indicadores forem acrescentados. E o serão nos próximos dias.  

ECONOMIA É PRIORIDADE  

A meta de CapitalSocial é chegar sequencialmente a pelo menos 15 indicadores de Desenvolvimento Econômico para, em seguida, dar vez a indicadores sociais e de gestão pública. Depois se retomarão novos dados econômicos. 

A metodologia aplicada para colocar nos devidos lugares classificatórios as 20 cidades que integram essa disputa do G-22 segue o princípio da proporcionalidade dos resultados. Ou seja: os números são relativizados em cada indicador por conta do resultado do primeiro colocado, que serve de referência aos demais. Nada melhor que sair da teoria para a prática.  

PAULÍNIA RESISTIRÁ? 

Paulínia é primeira colocada com 272,64 pontos porque registrou o primeiro lugar em dois dos três indicadores já concluídos e chegou em nono no terceiro. Cada primeiro lugar vale 100 pontos, e as demais posições obedecem a variáveis de participação dos demais município de acordo com o resultado do primeiro colocado.  

Ou seja: não há nada que assegure aos demais colocados a mesma proporção de pontos em relação ao primeiro colocado em indicadores diferentes. Tudo, portanto, gira em torno do líder do respectivo indicador. 

Paulínia disparou na primeira colocação do Ranking Geral de Desenvolvimento Econômico porque é destacadamente a primeira colocada no indicador de Produtividade por Trabalhador Industrial em 2019, resultado da divisão do PIB do setor pelo total de carteiras assinadas. 

DESEQUILÍBRIO OCASCIONAL   

Ao chegar em primeiro lugar com R$ 1.6454.197 milhão de produtividade, Paulínia somou 100 pontos. A segunda colocada nesse indicador, São José dos Campos, com R$ 516.108 mil de produtividade por trabalhador, somou 31,37 pontos: ou seja, o quanto é a participação do Município em relação a Paulínia. Para isso foi preciso dividir produtividade individual de São José dos Campos pela produtividade individual de Paulínia. 

Nos demais indicadores (que seguem detalhados nos resultados logo na sequência) os resultados sistematizados apontam diferenças menos elevadas entre os competidores. Afinal, não há tanta distância entre o primeiro colocado e os demais.  

MAIS APERTO  

Quem acreditar que o resultado da produtividade dos trabalhadores industriais que favorece Paulínia poderá desequilibrar o Ranking Geral de Desenvolvimento Econômico cometerá equívoco.  

As rodadas subsequentes vão revelar que há muito mais convergência metodológica do que eventuais deformações no horizonte.  

São Caetano é até agora a representação mais forte entre os cinco municípios do Grande ABC que integram o Ranking Geral porque somou 100 pontos como líder do indicador de PIB de Consumo Por Habitante, 17ª colocada com 9,19 pontos no indicador de Produtividade Industrial por Trabalhador e 71,35 pontos como 11ª colocada no indicador de Média Salarial de Todas as Atividades Econômicas.  

São Bernardo é a sétima colocada geral e a segunda melhor do Grande ABC com 164,90 pontos por conta do décimo lugar e 74,08 pontos no indicador de PIB de Consumo Por Habitante, 16º lugar e 8,93 pontos no indicador de Produtividade por Trabalhador Industrial e quinto lugar e 81,98 pontos do indicador de Média Salarial em todas as atividades. 

Santo André é a 11ª colocada no Ranking Geral porque somou 14,94 pontos com o quinto lugar em Produtividade Por Trabalhador Industrial, outros 64,01 pontos no indicador de Média Salarial e 78,58 pontos no indicador de PIB de Consumo Por Habitante.  

 

Ranking Geral de Desenvolvimento Econômico do G-22 após três rodadas: 

 

1. Paulínia com 272,64 pontos. 

2. São Caetano com 180,54 pontos. 

3. Campinas com 179,32 pontos. 

4. São José dos Campos com 176,75 pontos.  

5. Santos com 172,12 pontos. 

6. Barueri com 168,32 pontos. 

7. São Bernardo com 164,90 pontos. 

8. Piracicaba com 164,41 pontos. 

9. Sumaré com 163,62 pontos. 

10. Jundiaí com 163,28 pontos. 

11. Santo André com 157,53 pontos. 

12. Ribeirão Preto com 157,49 pontos. 

13. Taubaté com 156,00 pontos. 

14. Osasco com 153,48 pontos. 

15. Sorocaba com 152,04 pontos. 

16. São José do Rio Preto com 144,41 pontos. 

17. Mauá com 142,76 pontos. 

18. Mogi das Cruzes com 135,05 pontos. 

19. Guarulhos com 133,80 pontos. 

20. Diadema com 131,95 pontos.  

 

PRIMEIRO INDICADOR  

 

Ranking de Produtividade por Trabalhador Industrial em 2019, resultado da divisão do PIB do setor pelo total de carteiras assinadas.   

1. Paulínia com R$ 1.645.197 milhão de produtividade por trabalhador, resultado de um efetivo de 10.558 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 16.369.991 bilhões.   

2. São José dos Campos com R$ 516.108 mil de produtividade por trabalhador, resultado de um efetivo de 31.076 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 16.038.579 bilhões.   

3. Taubaté com R$ 309.542 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetiva de 19.768 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 6.119.040 bilhões.   

4. Mauá com R$ 265.502 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 20.271 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 5.381.993 bilhões.   

5. Santo André com R$ 245.865 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 26.281 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 6.461.595 bilhões.  

6. Sumaré com R$ 230.191 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 17.229 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 3.965.968 bilhões.  

7. Osasco com R$ 223.072 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 16.008 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 3.570.946 bilhões.   

8. Mogi das Cruzes com R$ 212.097 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 16.210 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 3.570.946 bilhões.  

9. Jundiaí com R$ 209.018 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 43.347 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 9.060.335 bilhões.  

10. Piracicaba com R$ 206.645 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 36.331 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 7.507.609 bilhões.  

11. Santos com R$ 203.438 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 8.458 carteiras assinadas e PIB Industrial (do setor de transformação e de minerais) de R$ 1.720.680 bilhão.   

12. Campinas com R$ 199.420 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 48.057 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 9.583.517 bilhões.   

13. Barueri com R$ 181.884 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 26.028 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 4.734.077 bilhões.  

14. Sorocaba com R$ 175.290 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 50.646 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 8.877.890 bilhões.  

15. Ribeirão Preto com R$ 172.211 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 21.561 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 3.713.055 bilhões.  

16. São Bernardo com R$ 147.007 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 74.061 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 10.887.505 bilhões.  

17. São Caetano com R$ 146.735 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 18.572 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 2.725.155 bilhões.   

18. Guarulhos com R$ 142.525 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 87.940 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 12.533.704 bilhões.  

19. Diadema com R$ 106.734 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 38.339 carteiras assinadas e PIB Industrial de 4.093.208 bilhões.  

20. São José do Rio Preto com R$ 90.760 mil de produtividade por trabalhador, resultado de efetivo de 20.005 carteiras assinadas e PIB Industrial de R$ 1.815.669 bilhão.    

 

SEGUNDA INDICADOR   

 

Ranking de Média Salarial de todas as atividades econômicas conforme dados oficiais de 2019 do Ministério de Trabalho — os mais atualizados no detalhamento por Município:  

1. Paulínia com média salarial geral de R$ 4.688,73, contando com 46.650 carteiras assinadas.   

2. Barueri com média salarial geral de R$ 4.353,77, contando com 275.570 carteiras assinadas.  

3. Campinas com média salarial geral de R$ 4.005,61, contando com 411.949 carteiras assinadas.  

4. Sumaré com média salarial geral de R$ 3.884,04, contando com 56.183 carteiras assinadas.  

5. São Bernardo com média salarial geral de R$ 3.839,67, contando com 258.124 carteiras assinadas.  

6. Osasco com média salarial geral de R$ 3.530,46, contando com 162.631 carteiras assinadas.   

7. Jundiaí com média salarial geral de R$ 3.476,24, contando com 171.931 carteiras assinadas.  

8. São José dos Campos com média salarial geral de R$ 3.418,89, contando com 182.177 carteiras assinadas.  

9. Piracicaba com média salarial geral de R$ 3.381,99, contando com 123.221 carteiras assinadas.  

10. Guarulhos com média salarial geral de R$ 3.363,97, contando com 341.395 carteiras assinadas.

11. São Caetano com média salarial geral de R$ 3.345,59, contando com 109.344 carteiras assinadas.

12. Diadema com média salarial geral de R$ 3.329,87, contando com 88.242 carteiras assinadas.  

13. Santos com média salarial geral de R$ 3.296,58, contando com 178.529 carteiras assinadas.  

14. Sorocaba com média salarial geral de R$ 3.244,08, contando com 198.658 carteiras assinadas.   

15. Mauá com média salarial geral de R$ 3.102,81, contando com 60.677 carteiras assinadas.   

16. Taubaté com média salarial geral de R$ 3.026,60, contando com 81.699 carteiras assinadas.

17. Santo André com média salarial geral de R$ 3.001,52, contando com 214.217 carteiras assinadas. 

18. Ribeirão Preto com média salarial geral de R$ 2.984,04, contando com 235.784 carteiras assinadas.  

19. São José do Rio Preto com média salarial geral de R$ 2.840,10, contando com 142.230 carteiras assinadas.   

20. Mogi das Cruzes com média salarial geral de R$ 2.750,62, contando com 102.112 carteiras assinadas.   

 

TERCEIRO INDICADOR  

 

Ranking do G-22 no indicador de PIB de Consumo Por Habitante relativo ao ano de 2022.   

1. São Caetano com PIB de Consumo per capita de R$ 49.287,06 mil, resultado de R$ 8.059.469 bilhões para 163.521 habitantes e participação nacional de 0,14285.  

2. Santos com PIB de Consumo de R$ 44.090,12 mil, resultado de R$ 19.143.358 bilhões para 434.187 mil habitantes e participação nacional de 0,33090%.  

3. Ribeirão Preto com PIB de Consumo per capita de R$ 41.094,61, resultado de R$ 29.928.016 bilhões para 728.271 habitantes e participação nacional de 0,53045%.  

4. Campinas com PIB de Consumo per capita de R$ 40.301,72 mil, resultado de R$ 49.666.319 bilhões para 1.232.361 milhão de habitantes e participação nacional de 0,88030%.   

5. Piracicaba com PIB de Consumo per capita de R$ 39.291,15 mil, resultado de R$ 16.234.775 bilhões para uma população de 413.188 habitantes e participação nacional de 0,28775%.  

6. Santo André com PIB de Consumo per capita de R$ 38.729,21 mil, resultado de R$ 28.124.651.023 bilhões para 726.187 habitantes e participação nacional de 0,49849%.  

7. São José do Rio Preto com PIB de Consumo per capita de R$ 38.603,87 mil, resultado de R$ 18.726.928 bilhões para uma população de 473.250 mil e participação nacional de 0,33192%.  

8. Jundiaí com PIB de Consumo per capita de R$ 37.676,28 mil, resultado de R$ 16.229.509 bilhões para 430.762 habitantes e participação nacional de 0,28766%.  

9. Paulínia com PIB de consumo per capita de R$ 36.686,01 mil, resultado de R$ 4.293.437 bilhões para 117.032 habitantes e participação nacional de 0,07610%.  

10. São Bernardo com PIB de Consumo per capita de R$ 36.509,97 mil, resultado de R$ 31.216.973 bilhões para uma população de 855.026 e participação nacional de 055330%.  

11. Taubaté com PIB de Consumo per capita de R$ 35.802,76 mil, resultado de R$ 11.587.074 bilhões para uma população de 323.649 mil e participação nacional de0,20538%.  

12. São José dos Campos com PIB de Consumo de R$ 35.713,44 mil, resultado de R$ 26.596.655 bilhões para uma população de 744.724 mil e participação nacional de 0,47141%.   

13. Sorocaba com PIB de Consumo per capita de R$ 35.585,02 mil, resultado de 25.022.177 bilhões para uma população de 703.166 mil e participação nacional de 0,44350%.  

14. Sumaré com PIB de Consumo per capita de R$ 32.918,73 mil, resultado de R$ 9.661.383 bilhões para uma população de 293.492 mil e participação nacional de 0,17124%.  

15. Osasco com PIB de Consumo per capita de R$ 31.847,55 mil, resultado de R$ 22.378.953 bilhões para uma população de 702.690 mil e participação nacional de 0,39665%.   

16. Barueri com PIB de Consumo per capita de R$ 31.748,00 mil, resultado de R$ 8.984.469 bilhões para uma população de 282.363 mil e participação nacional de 0,15924%.

17. Mogi das Cruzes com PIB de Consumo per capita de R$ 31.295,36 mil, resultado de R$ 14.405.034 bilhões para uma população de 460.293 habitantes e participação nacional de 0,25532%.

18. Mauá com PIB de Consumo per capita de R$ 29.796,90 mil, resultado de R$ 29.796,90 bilhões para uma população de 485.779 e participação nacional de 0,25655%.  

19. Diadema com PIB de Consumo per capita de R$ 26.830,36 mil, resultado de C$ 11.596.702 bilhões para uma população de 432.223 mil e participação nacional de 0,20554%.   

20. Guarulhos com PIB de Consumo per capita de R$ 26.318,26 mil, resultado de R$ 37.291.077 bilhões para uma população de 1.416.928 e participação nacional de 0,66096.

Fonte: CapitalSocial