Jundiaí inova no conceito de desenvolvimento urbano, com projeto que repensa o papel dos grandes centros

Discussões sobre mobilidade urbana e qualidade de vida estão cada vez mais em pauta no cenário atual. A cada dia são criadas novas “soluções” pelo poder público para tentar minimizar essa problemática. Polêmicas envolvendo a melhora do transporte público, expansão das linhas de metrô e criação de ciclovias tornaram-se uma constante em nosso dia a dia. Mas, infelizmente, a realidade é que todos esses recursos demandam altos investimentos, e obras que duram uma eternidade. Por outro lado ouvimos muito sobre cuidados com o meio ambiente, frotas ecologicamente corretas e estímulos constantes no que diz respeito à melhora da qualidade de vida das pessoas, que, pasmem, hoje passam em média três meses por ano dentro do transporte público, tentando se locomover.

A grosso modo, as cidades brasileiras não são acessíveis, muito menos projetadas para o pedestre, ou para pessoas que desejam fazer do ato de caminhar, um hábito. O trânsito caótico, somado às calçadas esburacadas, pouco arborizadas e mal sinalizadas, tornam a vida do pedestre inviável. Grande parte da população chegou à conclusão de que comprar um carro não é a solução e que o transporte individual, além de estar cada vez mais inacessível economicamente, perdeu espaço no trânsito caótico dos grandes centros. E, por mais que o transporte público cresça ou se modernize, ele é um meio finito, ou seja, mais dia ou menos dia não terá mais espaço para onde expandir. Assim, é mais simples, e infinitamente menos custoso para o Poder Público desenvolver os bairros, em vez de aumentar frotas de ônibus e linhas de metrô, que nunca darão conta da imensa demanda de pessoas e de suas necessidades de locomoção.

Universidade Metodista