O Fórum para discutir as metas internacionais estabelecidas pela ONU destacou importantes medidas que a região do Grande ABC vem adotando, com foco no médio e longo prazo. O debate, que reuniu deputados estaduais, entidades, empresas e lideranças municipais, teve como destaque as experiências realizadas em São Bernardo, cujo trabalho é coordenado pelo secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli.

O titular da Pasta municipal detalhou que, além das ações próprias do município, o auxílio da Frente Parlamentar e de programas de distribuição de renda do Governo Federal contribuem para que o País alcance avanços no setor. “A instauração da Frente Parlamentar é extremamente positiva porque, embora o planejamento da ONU comece em 2016, já podemos pensar e discutir mecanismos que busquem um desenvolvimento sustentável, sobretudo no que diz respeito ao meio ambiente e ao consumo sustentável”, avaliou.

Universidade Metodista

Para Secoli, o Bolsa Família se tornou um processo rigoroso de redistribuição de renda, possibilitando que muitas famílias saíssem da miséria absoluta. “Esse e outros programas como o Minha Casa, Minha Vida, além do crescimento consistente do salário mínimo, por exemplo, faz com que o País alcance um desenvolvimento mais sustentável, uma vez que não se trata apenas de crescer economicamente, mas de evoluir”, considerou. “Em São Bernardo, estamos fazendo um trabalho vigoroso. Hoje, 8,4% do nosso orçamento são destinados à Habitação, contra a média nacional, de 0,7%”, adicionou o secretário municipal, ao destacar a elaboração de planos em questões envolvendo moradia na busca por sustentabilidade.

Melhorar a qualidade de vida da população, segundo o secretário, é uma ação contínua na busca evolutiva do desenvolvimento econômico, social e ecológico. Para tanto, São Bernardo criou o programa Drenar. “Trata-se da maior obra de combate às enchentes da história da cidade. Reduzir esse tipo de transtorno impacta justamente na vida dos mais pobres, que precisam de infraestrutura para uma vida melhor. Além disso, queremos aumentar a coleta seletiva porta a porta, além de investirmos no trabalho de catadores, a partir da criação de cooperativas. Medidas que criam oportunidades e direitos à população que, muitas vezes, está à margem da sociedade”, garantiu Secoli.

Para o secretário, entre as metas da ONU, muitas estão associadas à erradicação total da pobreza. Defendeu, ainda, a participação da sociedade civil na busca pelo desenvolvimento sustentável. “Trabalhamos no combate miséria e temos de pensar na erradicação da pobreza a partir da criação de empregos dignos, no uso de energias renováveis, na conscientização do uso racional de recursos naturais, sobretudo a água. Os debates dão um pontapé inicial para envolver a sociedade civil, despertar no jovem a vontade de mudar sua realidade. Somente desta forma, com toda a comunidade envolvida, com cada cidade buscando melhorias, é que o Brasil conseguirá se adequar e buscar efetivamente

Em tempos de crise econômica

O secretário-executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC, Giovanni Rocco, apresentou no encontro a atuação do setor público na criação de agenda local de desenvolvimento sustentável no período de 2015-2030, com foco no papel estratégico da cadeia produtiva de defesa. “O papel desse fórum é a construção de um ambiente onde possamos pensar a região do Grande ABC no longo prazo. E não há planejamento sem que se leve em consideração as questões ambientais. Nosso planejamento é focado em trabalho, qualificação profissional, inovação e geração de renda de forma sustentável. A agência é um grande catalizador para que as coisas aconteçam da forma mais harmônica e orgânica possível”, considerou.

O secretário-executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC, Giovanni Rocco, apresentou no encontro a atuação do setor público na criação de agenda local de desenvolvimento sustentável no período de 2015-2030, com foco no papel estratégico da cadeia produtiva de defesa. “O papel desse fórum é a construção de um ambiente onde possamos pensar a região do Grande ABC no longo prazo. E não há planejamento sem que se leve em consideração as questões ambientais. Nosso planejamento é focado em trabalho, qualificação profissional, inovação e geração de renda de forma sustentável. A agência é um grande catalizador para que as coisas aconteçam da forma mais harmônica e orgânica possível”, considerou.

Rocco defendeu o transbordamento tecnológico para integrar as indústrias de valores do Grande ABC e a estruturação de uma cadeia de defesa. “A crise, na minha visão, é o momento em que você para, pensa e se reorganiza para buscar oportunidades. É o que estamos fazendo. Acredito que o investimento em defesa possibilite transbordamentos para outras cadeias produtivas. Por exemplo, 90% da tecnologia empregada em smartphone tem origem em Defesa. Por isso, é importante detectarmos lacunas e oportunidades de fornecimento e, a partir deste diagnóstico, prepararmos a região”.

O estudo, que foi desenvolvido há dois anos, traça um ecossistema funcional, com atores sociais comunicativos e integrados, de forma a fomentar novos negócios e ampliar a capacitação regional, agregando tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável, a exemplo de outros países que seguiram por este caminho e alcançaram o transbordamento de investimento em diversas áreas da economia.