Com investimento da ordem de R$ 310 milhões, projeto atenderá a 200 mil famílias até 2019

Combater a pobreza extrema, provendo o desenvolvimento econômico e social dos núcleos familiares. Este é o objetivo do programa “Família Paulista”, lançado em dezembro de 2015 pelo governo de São Paulo. Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, o programa, inicialmente, repassará R$ 77,5 milhões a 27 municípios da Região Metropolitana, alcançando 50 mil famílias que residem em territórios de alta vulnerabilidade social. Até 2019, a expectativa é atender cerca de 200 mil famílias e investir mais de R$ 310 milhões.

O montante deverá contemplar a expansão da rede de água, esgoto e energia elétrica, a pavimentação
de vias públicas, a construção ou revitalização de áreas de lazer ou espaços coletivos de convivência. Cada cidade receberá investimento Fundo a Fundo, para implementação do programa. A família não receberá o dinheiro e, sim, a Prefeitura, que terá o papel de agente social no cumprimento do Plano de Trabalho do Município. “O objetivo não é só a transferência de renda, mas, sim, em como a família deverá dialogar com as áreas da habitação, educação trabalho e renda, saúde. Portanto, o programa é focado no indivíduo, família e comunidade”, afirma o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Universidade Metodista

As cidades atendidas, de acordo com dados do IBGE e Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados-SEADE, concentram 57% da população em extrema pobreza do estado. O critério de seleção das cidades teve como base o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social-IPVS e o Índice Paulista de Responsabilidade Social-IPRS. Há, no estado de São Paulo, um milhão de pessoas nessas condições, o que equivale a 2,63% da população.

A ação com as 27 primeiras cidades durará 24 meses. O período contempla quatro meses para planejamento inicial e capacitação em parceria com município, 12 meses de trabalho intensivo com as famílias e mais oito meses para o acompanhamento e avaliação de resultados. “A ideia é acolher a família, entrar na casa dela e identificar quais são suas necessidades para, a partir daí, construir juntos uma saída. E vamos fazer isso junto com as prefeituras”, resume o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.